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6 CUIDADOS ESPECIAIS NO USO DE AGROTÓXICOS


A aplicação de agrotóxicos é uma das etapas mais sensíveis de qualquer cultura. O produtor deve levar em conta uma série de requisitos, do horário à dose de emprego dos agentes, da composição ao modo de ação. Por isso, é importante que um agrônomo oriente a aplicação do produto.

Segundo o Boletim de Comercialização de Agrotóxicos e Afins, publicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o agronegócio brasileiro consumiu 500 mil toneladas de agrotóxico em 2013. Já a produção nacional desses agentes chegou 430 mil toneladas neste mesmo ano. Para evitar o descontrole no uso do agrotóxico e garantir que o agente seja corretamente aplicado, confira estes cuidados especiais que toda cultura deve ter:


Na hora da compra

Preço é importante, mas na compra de agrotóxicos é preciso levar em conta outros fatores, pois cada agente tem seu uso específico para certo tipo de praga e momento de produção. De nada adianta comprar o mais barato se ele não vai atender o propósito. Além disso, a opção sempre deve ser por produtos originais, pois os contrabandeados e falsificados podem ter uma carga de veneno muito maior — o que irá prejudicar a cultura, a saúde e todo o entorno da plantação.

Conversar com o engenheiro agrônomo sobre a melhor forma de aplicar o produto e de manuseá-lo é outra atitude imprescindível. Além de questões relacionadas ao agente, ele informará também quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários para aplicação do agrotóxico.


Escala de toxicidade

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) classifica os agrotóxicos em quatro classe, de acordo com seu grau de toxicidade:

  • Classe 1 (vermelha): extremamente tóxico;

  • Classe 2 (amarela): altamente tóxico;

  • Classe 3 (azul): medianamente tóxico;

  • Classe 4 (verde): pouco tóxico.

Essa escala diz respeito ao perigo para o ser humano, e não à eficiência ao combate de pragas. Portanto, a melhor atitude é preferir produtos menos tóxicos e só levar os mais perigosos em casos de falta do agente para a praga da cultura.


Regras para o transporte

O agrotóxico deve ser transportado na caçamba de caminhonetes, sem a presença de outros produtos, animais e alimentos. A caçamba deve ser coberta por uma lona impermeável. É importante que o comprador cheque antes de sair da loja se as embalagens apresentam vazamentos. Além disso, o comprador deve solicitar a nota fiscal do produto e tê-la em mãos durante o transporte do agrotóxico. Qualquer desrespeito a essas regras irá acarretar multa ao condutor e ao vendedor. A ficha de emergência é fundamental.


Antes de aplicar

Calibrar e preparar a calda exige certos cuidados para evitar contaminação, vazamentos e problemas para a saúde e meio ambiente. O primeiro passo é prestar atenção nos componentes corretos, como bicos, filtro, agitadores e manômetros. Eles serão responsáveis pelo bom funcionamento do pulverizador e uma aplicação mais segura.

A calda pode ser preparada diretamente no tanque ou por meio de uma pré-diluição. É essencial a orientação do agrônomo e ler atentamente as informações do fabricante antes de preparar o material. Apenas a quantidade necessária para aquela aplicação deve ser preparada.

As informações do agrotóxico podem ser fornecidas por meio de um software que armazena todos os dados sobre o produto, como ingredientes ativos, doses, restrições, manejo e aplicação. Além disso, o lojista pode ter um histórico do produtor, de sua cultura e os problemas tratados, o que pode ajudar na hora da escolha do melhor produto.


O momento da aplicação

Todo aplicador deve usar os EPIs indicados pelo agrônomo, conforme detalhado no receituário agronômico. Os melhores horários para aplicar o agente são o início da manhã e o final da tarde, períodos em que o sol não está muito forte. É importante se posicionar para não ficar contra o vento e receber a nuvem do agente.

O agente nunca deve ser aplicado quando estiver chovendo, pois o agrotóxico perde eficiência e só irá contaminar o meio ambiente. Lembre-se: uma boa hidratação antes e depois da pulverização também é importante.

Nas aplicações áreas, o cuidado deve ser redobrado. Sempre siga as orientações do receituário agronômico.


Armazenagem e descarte

Não importa a quantidade, o agrotóxico deve ser armazenado de forma segura e de acordo com algumas regras:

  • O local deve ser livre de inundações e afastado de fontes de água, residências e animais. Deve ser de alvenaria e ter boa ventilação e iluminação natural;

  • Telhado e instalações elétricas devem ter bom estado, para evitar vazamentos e curto-circuitos;

  • As embalagens devem ser colocadas em um estrado e ficar acima do nível do chão. Devem estar sempre fechadas;

  • O depósito deve ser identificado com placas de perigo e seu acesso deve ser restrito;

Quando o produto terminar, as embalagens flexíveis devem ser colocadas dentro de sacolas de resgate e enviadas ao revendedor. Já as embalagens de galão devem passar pela tríplice lavagem, com orientação do engenheiro agrônomo. Depois, também devem ser transportadas ao lojista, que fará o descarte correto. A embalagem de agrotóxico nunca deve ser reutilizada para qualquer uso.

O local para entrega das embalagens deve estar identificado na nota fiscal eletrônica e no receituário agronômico.

Ainda tem dúvidas sobre o uso correto e seguro de agrotóxicos? Deixe o seu comentário abaixo!


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