
Este post é para você que está à frente da administração rural da fazenda, seja como sócio ou gestor contratado.
Como gerente da propriedade, você busca o contínuo aumento da produção e da lucratividade e está sempre pesquisando sobre a aplicação moderna dos conceitos administrativos não é mesmo? Afinal, de você depende o sucesso da unidade de produção e é sempre importante confrontar teoria e prática para, assim, aprimorar os resultados.
Segundo a definição contida no dicionário de Antonio Houaiss, a Administração caracteriza-se como “o conjunto de normas e funções cujo objetivo é disciplinar os elementos de produção e submeter à produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz, bem como uma satisfação financeira”. A administração rural, no entanto, que começou a ser ensinada no início do século 20 em universidades de ciências agrárias, na Inglaterra e Estados Unidos, também chamadas ‘land grants’, possui uma definição mais específica.
Recursos mínimos e resultados máximos
De acordo com Ronald Kay (McGraw-Hill , 2014, 7ed), no livro Gestão de Propriedades Rurais, a administração rural trata-se de um processo de tomada de decisões, dentro do qual recursos limitados são alocados para um número de alternativas produtivas, para organizar e operar o negócio agrícola de tal modo a atingir alguns objetivos. Para o estudioso, a administração de uma empresa rural apoia-se principalmente no controle dos recursos globais (materiais, humanos, financeiros e mercadológicos), de forma que o administrador alcance seus objetivos fundamentais com o mínimo de recursos.
Nessa conceituação básica, fica claro, desde já, que os recursos financeiros são apenas parte dos recursos a serem gerenciados. É preciso, por exemplo, manter-se atento a investimentos em ferramentas tecnológicas de produtividade, tanto quanto no treinamento de pessoal para atuar com profissionalismo em cada uma das áreas do negócio. A atualização sobre o que existe disponível no mercado, em termos de tecnologia, portanto, é tão imprescindível quanto a compra de insumos e sementes buscando o melhor custo/benefício.
Sintetizando a administração rural
Em 2000, o teórico Antônio César Maximiano, no livro Introdução à Administração sintetizou o processo da administração rural, como a necessidade de, simultaneamente, conduzir o planejamento, a organização, o controle e o gerenciamento propriamente dito:
Planejamento: consiste em estudar e avaliar a situação atual, prever acontecimentos, definir objetivos e metas, como atingi-los, e definir programas: quem vai fazer, o quê, como, quando e onde;
Organização: é o processo que estabelece o trabalho a ser executado, bem como as responsabilidades pela sua realização. Aqui também se inclui o processo de distribuição dos recursos disponíveis dentro de um critério pré-estabelecido;
Controle: nesse processo, é preciso assegurar a realização dos objetivos, identificar a eventual necessidade de modificá-los e, ainda, executar as medidas corretivas que se fizerem necessárias;
Direção/Gerenciamento: para Maximiano, dirigir ou gerenciar a propriedade agrícola implica submeter o processo a todas as etapas anteriores, mobilizar o pessoal e, ainda, acionar os recursos globais, tendo em conta que todos têm o mesmo peso para a obtenção do sucesso em relação aos objetivos perseguidos pelo administrador.
Plano de Ação por safra
Uma regra básica da administração rural, para que o gestor não se perca diante de tantos fatores que permeiam a função, é guiar-se por um Plano de Ação, que pode seguir o ciclo de produção por safras, por exemplo.
O Plano deve conter:
Objetivos ou o que fazer: são as metas específicas a serem alcançadas ao longo do período que, no conjunto, vão responder pelos resultados da organização;
Estratégias ou como fazer: são as formas escolhidas pelo empreendimento para concretizar seus objetivos e, em consequência, sua grande meta do período. A escolha deve basear-se numa resposta às ameaças e oportunidades identificadas no planejamento, assim como nos pontos fortes e fracos da propriedade;
Cronograma ou quando fazer: aqui devem constar as atividades a serem executadas e o tempo previsto que cada uma delas seja realizada. O cronograma permite identificar o tempo necessário para a execução, estimar o prazo em função dos recursos disponíveis, analisar a possibilidade de sobrepor atividades ou realizá-las em paralelo;
Responsáveis ou quem irá fazer: nesta parte do Plano de Ação, são nomeados os responsáveis ou o responsável pelas atividades;
Recursos disponíveis ou com o que faremos: aqui são identificados os recursos globais para a execução do Plano de Ação.
E como fazer tudo isso? Como administrar e tomar decisões acertivas? Invista em informação de qualidade!
Valeu a recapitulação sobre preceitos básicos da administração rural? Desejamos que sim. Se você ficou com alguma dúvida, compartilhe conosco pelos comentários.
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