Imagine a cena: o empresário tem uma revenda de insumos agrícolas em Sorriso (MT), maior munícipio produtor de grãos (soja e milho, principalmente) do Brasil. As vendas batem recordes diários, ainda mais na época do plantio, com a comercialização de implementos como sementes, defensivos e fertilizantes. Abrir uma loja para atender esse segmento foi a melhor iniciativa que alguém poderia ter! Tempo depois, o mesmo empresário sabe da possibilidade de investir em uma filial da sua loja em Sidrolândia, município a mais de 1,1 mil quilômetros de Sorriso, porém também uma potência na produção de grãos em Mato Grosso do Sul. Se você fosse esse empresário, o que faria?
Veja alguns motivos para pensar em investir em filiais e, quem sabe, expandir o seu negócio! Confira:
Pontos positivos
Há uma série de fatores que dariam o sinal verde ao novo empreendimento. Primeiramente, a experiência do empresário na condução de uma loja voltada a produtos agrícolas; depois, recursos para isso não seriam problema, já que ele ganhou — e ganha — muito dinheiro com a revenda em Sorriso; terceiro, Sidrolândia é um município bem localizado, próximo a capital Campo Grande, na região central do Estado; e, por último, a enorme clientela pela frente.
De qualquer forma, as vantagens em investir em filiais devem ser o ponto de partida para essa escolha, já que, com ela, é possível ampliar a presença no mercado, transferir para outra região uma cultura inovadora de gestão e reduzir a dependência financeira da matriz.
Situações negativas
Se for isso, então qualquer um investiria, certo? Não. É preciso ver o outro lado da moeda. Apesar de conhecer o segmento, o empresário pouco sabe sobre a cultura do produtor no outro município. Até porque a boa localização, defendida acima como ponto positivo, pode ser uma faca de dois gumes para o empreendedor, pois os agricultores locais têm a possibilidade de adquirir insumos da capital e com um preço mais competitivo se comprado em grande escala.
Outra questão que deve ser levada em conta: o mercado. Por melhor que seja a intenção do empresário para a comunidade local — geração de emprego, movimentação da economia etc. —, é necessário saber se ele é “bem-vindo” na cidade, ou seja, pode haver alguma espécie de acordo entre os empresários do mesmo segmento.
Então, o que fazer?
Planejamento é a palavra-chave. A decisão em investir ou não em filiais deve ser muito bem pensada, com uma análise cuidadosa. Colocar no papel os prós e os contras é um bom começo. Após isso, se ainda estiver decidido em prosseguir com o investimento, o próximo passo é uma prospecção no local do novo negócio. Estudar a cultura da região, a demanda, a localização, o custo e a mão-de-obra não pode faltar.
A análise do mercado também inclui a escolha de um ponto de vendas interessante. O centro da cidade ou a saída do município, próximo a uma rodovia, são opções muito boas para a instalação da filial. Mas o principal, se o empreendimento for mesmo criado, é sempre vê-lo como um novo negócio. Não apenas como um braço da matriz, mas como uma revenda independente, que deve se manter sozinha. Assim, ela terá que criar um nome na região.
A experiência com a matriz, no entanto, é um componente essencial para ser levado à filial, pois, dependendo da distância, a sede não serviria como ponto de apoio ou de distribuição para os produtos sem que o custo seja repassado ao consumidor — e a competitividade no mercado ficaria ameaçada.
Diferencial
Ao decidir investir em filial, é necessário apresentar diferenciais. Entre eles, estão a qualidade no serviço, no atendimento, no investimento em um canal direto com o produtor e, por último, no pós-venda — para, assim, buscar a fidelização do cliente. Um produtor satisfeito sempre volta, e ainda traz alguém com ele.
Agora que conhece esse cenário, você investiu ou investiria em filiais da sua revenda de insumos agrícolas? Deixe sua opinião abaixo e contribua com o nosso conteúdo!
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